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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Salmo 109




SALMO 109 (108) 

Deus é advogado dos pobres

Do mestre de canto. De Davi. Salmo. Deus do meu louvor, não te cales,

1     pois uma boca maldosa e traiçoeira abriu-se contra mim.

2     Com língua mentirosa falam para mim;

3     e me rodeiam com palavras de ódio, e me combatem sem motivo.

4     Em troca da minha amizade, me acusam, e eu fico suplicando.

5     Eles me devolvem o mal pelo bem, o ódio em paga da minha amizade.

6     Nomeia contra ele um injusto, um acusador que esteja à direita dele.

7     Saia condenado do julgamento, e sua defesa não dê certo.

8     Que seus dias sejam breves, e outro ocupe o seu emprego.

9     Que seus filhos fiquem órfãos, e sua mulher se torne viúva.

10    Que seus filhos fiquem vagando a mendigar, e sejam expulsos das ruínas.

11    Que o usurário roube o que ele possui, e estrangeiros depredem os seus bens.

12    Que ninguém lhe mostre clemência, e ninguém se compadeça de seus órfãos.

13    Que sua descendência seja cortada, e seu nome se extinga numa só geração.

14    Que Javé se lembre da culpa de seus pais, e o pecado de sua mãe nunca seja apagado.

15    Que Javé os tenha sempre na sua frente, e corte da terra a lembrança deles!

16    Porque ele não se lembrou de agir com clemência, porque perseguiu o pobre e o indigente, e até à morte o coração contrito.

17    Ele amou a maldição: que esta recaia sobre ele. Ele não buscou a bênção: que ela o abandone.

18    Vestia-se de maldição como de um manto: que ela penetre suas entranhas como água, e como óleo em seus ossos.

19    Seja para ele como roupa a cobri-lo, como cinto que o aperte sempre!

20    Que Javé pague assim os que me acusam, os que proferem o mal contra mim!

21    Tu, porém, Javé, trata-me bem, por teu nome, liberta-me, pela ternura do teu amor,

22    porque eu sou um pobre indigente, e, dentro de mim, o meu coração está ferido.

23    Vou passando, como sombra que se expande, sou atirado para longe, como gafanhoto.

24    Jejuei tanto, que meus joelhos se dobram, e sem óleo minha carne emagrece.

25    Tornei-me para eles um ultraje, e os que me vêem balançam a cabeça.

26    Javé, meu Deus, vem socorrer-me! Salva-me, por teu amor!

27    Reconheçam que tudo isso vem da tua mão, que foste tu, Javé, quem o fez!

28    Que eles maldigam... Bendize-me tu! Que meus inimigos fracassem, enquanto o teu servo se alegra.

29    Cubram-se de infâmia os que me acusam, e a vergonha os envolva como um manto.

30    Agradecerei a Javé em alta voz, e o louvarei no meio da multidão,

31        pois ele se colocou à direita do pobre, para salvar a sua vida da mão dos juízes.

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