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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Salmo 102





SALMO 102 (101) 

A doença encurta a vida!

1     Prece de um infeliz que, desfalecido, derrama sua lamentação diante de Javé.

2     Javé, ouve a minha prece, que o meu grito chegue a ti!

3     Não escondas tua face de mim, no dia da minha angústia.

      Inclina teu ouvido para mim, e no dia em que eu te invoco, responde-me depressa!

4     Porque os meus dias se consomem em fumaça, e meus ossos queimam como braseiro.

5     Pisado como relva, meu coração está secando, e eu me esqueço até mesmo de comer o meu pão.

6     Por causa da violência do meu grito, os ossos já se grudam à minha pele.

7     Estou como o pelicano do deserto, como o mocho das ruínas.

8     Fico desperto, gemendo, como ave solitária no telhado.

9     Meus inimigos me ultrajam o dia todo e me amaldiçoam, furiosos contra mim.

10    Eu como cinza em vez de pão, e com a minha bebida misturo lágrimas,

11    por causa da tua cólera e do teu furor, pois me elevaste e me jogaste no chão.

12    Meus dias são sombra que se expande, e eu vou secando como relva.

13    Tu, porém, Javé, permaneces para sempre, e tua lembrança passa de geração em geração!

14    Levanta-te, tenha pena de Sião, pois é tempo de teres piedade dela. Sim, chegou a hora,

15    porque teus servos amam suas pedras, compadecidos de sua ruína.

16    As nações temerão o teu nome, e os reis da terra a tua glória.

17    Quando Javé reconstruir Sião e aparecer com a sua glória;

18    quando se voltar para a prece do indefeso e não desprezar sua prece,

19    fique escrito isto para a geração futura, e um povo recriado louvará a Deus:

20    Javé se inclinou do seu alto santuário e do céu contemplou a terra,

21    para ouvir o gemido dos prisioneiros e libertar os condenados à morte;

22    para proclamar em Sião o nome de Javé, e em Jerusalém o seu louvor,

23    quando se reunirem povos e reinos para servir a Javé.

24    Ele esgotou a minha força no caminho, encurtou os meus dias.

25    Então eu disse: Meu Deus, não me arrebates na metade dos meus dias.

      Teus anos duram gerações de gerações.

26    No princípio, tu firmaste a terra, e o céu é obra de tuas mãos.

27    Eles perecerão, mas tu permaneces. Ficarão gastos como roupa, serão como veste que se muda.

28    Tu, porém, és o mesmo sempre, e teus anos jamais se acabarão.

29    Os filhos de teus servos viverão seguros, e a descendência deles se manterá na tua presença.

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