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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Santa Gertrude Comensoli - 18 de Fevereiro

 18 de Fevereiro

Santa Gertrude Comensoli
Bem-aventurada
1847-1903

Em 18 de janeiro de 1847, na cidade de Bienno, ao norte da Itália nasceu Geltrude Caterina Comensoli, mais conhecida como Gertrude.
Ela teve uma infância tranquila e simples de uma família religiosa. Frequentava a missa diariamente com sua mãe e os irmãos. 
Nesta época, demonstrava uma peculiar e precoce sensibilidade eucarística, que a ela permitiu-se, aos sete anos de idade, receber a sua Primeira Comunhão.
 Já na adolescência, Gertrude começou assim a se preparar para a vida religiosa, ingressando na Companhia de Santa Ângela Merici, que cuidava da educação inicial de suas pupilas. Aos vinte anos de idade, mudou-se para outra cidade com sua família, que passavam por dificuldades financeiras, assim trabalhando como doméstica durante um ano, depois foi para a cidade de São Gervázio, para trabalhar como dama de companhia, de uma senhora da nobreza. 
Santa Gertrude Comensoli, era uma jovem dotada de talentos naturais que se preocupava, com as necessidades educativas do mundo feminino. Não se sabe, quando esta sua preocupação começou. 
Na cidade de São Gervázio, ela conversava muito sobre, as necessidades educativas do mundo feminino, com o sacerdote da paróquia padre Spinelli, da diocese de Bergamo. 
 Santa Gertrude no ano de 1879, tem como meta, criar uma família religiosa de irmãs para a instrução de meninas, com forte estímulo eucarístico. O padre Spinelli ajudou financeiraqmente e fundou em 1882, a Congregação das Irmãs Sacramentinas, ingressando definitivamente na vida religiosa, com o nome de Irmã Gertrude.  

A diocese aprovou esta iniciativa, depois da primeira casa da Congregação em Bergamo, autorizou a abertura de outras nas regiões vizinhas. 
 Os problemas começaram, com a situação econômica da diocese do padre Spinelli, que não obteve o resultado financeiro esperado, uma parte era transferido para as Casas de irmã Gertrude. As irmãs ficaram, na mais completa ruína, assim fecharam as Casas das Sacramentinas de Bergamo, e quase como exiladas, encontram refúgio na diocese de Lodi, numa região italiana distante. 

 As irmãs da Congregação, só não se espalharam, porque tiveram como guia Gertrude, pois lhes transmitiam total confiança, na providência de Jesus Eucarístico. Parecia o fim de tudo, quando chegou a notícia, do reconhecimento diocesano, para a Congregação das Sacramentinas de Bergamo. Irmã Gertrude e todas as Sacramentinas, retornam para a primeira Casa da Congregação em Bergamo, onde foram bem acolhidas. 

 Em 18 de fevereiro de 1903, irmã Gertrude morreu e foi sepultada na Capela da Casa Mãe da Congregação em Bergamo, assim deiando concluído o regulamento da Congregação das Irmãs Sacramentinas. 




O reconhecimento oficial do Vaticano chegou em 1906. O papa João Paulo II beatificou irmã Gertrude Comensoli no ano de 1989, e escolheu o dia 18 de fevereiro para sua comemoração.

João de Fiesole ou Fra Angélico - 18 de Fevereiro

 18 de Fevereiro

João de Fiesole ou Fra Angélico
Bem-aventurado
(1387-1455+)

Guido de Pietro nasceu em 1387, na cidade de Mugelo, Toscana, Itália. Na sua juventude foi pintor de quadros, em Florença, quando decidiu-se pela vocação religiosa.
Em 1417, ingressou na congregação de São Nicolau, onde permanecerá por três anos. Depois disso, ele e seu irmão Bento, foram para o convento dominicano de Fiesole, onde se ordenou sacerdote adotando o nome de João. 
 Os seus dons de santo e de artista, se desenvolveram de forma espetacular de alta perfeição espiritual e intelectual, encontrado no convento. Assim fez da pintura a sua principal obra evangelizadora, se tornando um Frade Predicador desta Ordem. Por sua pureza e inteligência passou-se a ser chamado de Beato Angélico ou Fra Angélico, nome que ficou conhecido até no mundo das artes. 

 Frade-pintor foi um dom magnífico dado por Deus para a Ordem, deu também um imenso auxílio financeiro aos co-irmãos, assim obedecendo o voto de pobreza, destinou à Ordem todos os seus ganhos, que eram muitos.

A santa severidade, os estudos profundos, a incessante elevação da alma a Deus as orações, purificaram o seu espírito e lhe abriram caminhos ocultos. Com toda experiência e seus encantadores pincéis, puderam proporcionar a todos os frutos, da sua própria contemplação, representando a mais sagrada das obras prima, a divina redenção humana pela Paixão de Jesus Cristo. As suas pinturas são verdadeiras orações, que ecoam através do tempo. Sua alma com uma simplicidade angélica, viveu com os sentimentos voltado aos céus, se consagrando num incansável trabalho. 
 Nos 1425 a 1438, viveu isolado, retomando os trabalhos, pintando os afrescos de quase todos os altares da igreja do convento de Fiesole.

Chegou ao convento de São Marcos, em Florença, onde deixou suas obras impressas nos corredores, claustros, celas, bibliotecas, ao longo de seis anos. Em 1445 foi para Roma, onde trabalhou para dois papas: Eugênio IV e Nicolau V. Nicolau V, tentou consagrá-lo bispo de Florença, mas Fra Angélico recusou, indicando outro irmão dominicano.
 Assim retornou para o convento de Fiesole, cinco anos depois  foi eleito o diretor geral. Onde por sua vez trabalhou com seu irmão Bento, que nomeou inicialmente como seu secretário e depois eleito seu sucessor, em 1452. 
Frei João de Fiesole, voltou para Roma, onde morreu no dia 18 de fevereiro de 1455.
Fra Angélico, assim como era chamado, ele nunca executou uma obra, sem antes rezar uma oração, assim foi beatificado pelo papa João Paulo II em 1982, que o indicou sua festa litúrgica para o dia de sua morte.
A sua sepultura no convento de Santa Maria, sobre Minerva se tornara o local escolhido pelos peregrinos, não pelos seu talentos artísticos, que podiam ser apreciados nos museus do mundo,mas por seu caráter integro de profunda santidade.

 Dois anos depois, João Paulo II o declarou Padroeiro Universal dos Artistas, uma honra pela sua obra evangelizadora, que impulsionou a arte sacra através dos séculos.

São Flaviano - 18 de Fevereiro

 18 de Fevereiro

São Flaviano
Século V

São Flaviano pertencia à alta aristocracia romana e era convertido ao cristianismo. Na época do Imperador Constantino, foi eleito governador de Roma, por sua grande inteligência e boa moral. Porém, quando o imperador morreu, em seu lugar assumiu seu filho Constâncio, ele deu início à perseguição dos cristãos e, tão logo, Flaviano foi destituído de seu cargo.  

São Flaviano não se intimidou, passou a dedicar-se seus dias a confortar e estimular os cristãos. Constâncio morto, assumiu Julião, que deu continuidade à perseguição, empreendendo-a ainda com mais fervor. 
Flaviano era um sacerdote cristão, que se destacava muito pela prática radical do Evangelho, e por sua defesa contra os hereges. Em 446 foi eleito patriarca de Constantinopla, na época era capital do Império Romano, já que o mundo católico se via enfraquecido por agitações político-religiosas, a sua atuação poderia reverter este processo. Flaviano assumiu com avidez o posto, em seu primeiro ato oficial já pode-se ter uma idéia dos conflitos que estariam por vir. 

Assim que assumiam, como de costume era comum, mandar um presente simbólico ao imperador. Ele então enviou um pão bento durante a missa solene, como símbolo de paz e harmonia. O primeiro-ministro devolveu o pão abençoado, dizendo que só aceitaria presentes em ouro e prata. Então Flaviano respondeu que o ouro e a prata da Igreja não o pertenciam, mas a Deus e aos pobres, seus legítimos representantes na Terra. Ambos o imperador e o ministro juraram vingança, e as pressões começaram. 

Flaviano enfrentou várias discordâncias que depois seriam consideradas heresias em concílios realizados para julgá-las. Entre elas, a mais significativa foi a que queria tirar de Jesus seu caráter humano. Isso significaria aceitar, que a divindade de Jesus teria assimilado e absorvido sua humanidade. Flaviano conseguiu o apoio do Papa Leão Magno, em Roma, mas foi traído pela parte do clero que defendia a tese. Nenhuma das decisões conciliares foi aprovada pelo papa, a não ser o chamado Tomo a Flaviano, carta enviada pelo papa São Leão Magno ao presidente do concílio, condenando as heresias de Nestório e de Eutiques. 

Flaviano foi praticamente assassinado durante a assembléia ecumênica que, por isso é chamada o conciliábulo de Éfeso. Maus religiosos se uniram aos políticos e os inimigos conseguiram sua destituição do cargo. O bispo Flaviano foi preso e torturado cruelmente que ele não aguentou, e veio a falecer vítima dos ferimentos sofridos, no dia 18 de fevereiro de 449. 
 Dois anos depois o Papa Leão Magno, que também é venerado pela Igreja, convocou um concílio, onde restabeleceu a verdade. Aceitando-se as duas naturezas de Jesus, a divina e a humana, e os contrários disso foram declarados hereges. No mesmo concílio a figura do bispo Flaviano regenerou-se, e ele foi declarado mártir pela ortodoxia da fé cristã.


O culto à São Flaviano se mantém vivo e vigoroso ainda hoje e sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.

Santa Bernadete Soubirous - 18 de Fevereiro

 18 de Fevereiro

Santa Bernadete Soubirous
Virgem (Nevers, França, 1879+)

Ela era extremamente pobre e ignorante uma menina a quem Nossa Senhora de Lourdes apareceu, naquele ano de 1858.
Mas possuía uma alma pura, que parece ter encantado a Mãe de Deus. Esta lhe recomendou repetidas vezes que fizesse penitências pelos pecadores e assim prometeu faze-la muito feliz, não neste mundo, mas no outro. 
Perseguida e sempre doente, Santa Bernardete ingressou num convento em Nevers e após sofrimentos dolorosos faleceu aos 35 anos de idade.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Os Servitas (Os sete fundadores da Ordem dos Servitas) - 17 de Fevereiro

17 de Fevereiro

Os Servitas (Os sete fundadores
da Ordem dos Servitas)
Século XIII


Fundaram a Ordem dos Servidores de Nossa Senhora "Os Servitas"
Na Europa durante os séculos XII e XIII houve uma grande ruptura dos valores cristãos, tanto por parte da sociedade civil e dos religiosos. Com isso surgiram várias confrarias de penitências onde os leigos buscavam viver a plenitude do evangelho, em oposição à ganância, luxo, prazeres fúteis e o gosto pelo poder que imperava.Algumas ordens são bem conhecidas, mas uma estendeu suas raízes por quase todo o mundo, foi a "Ordem dos Servidores de Nossa Senhora", ou Servitas.

Diz a História que, no dia 15 de agosto de 1233 os sete jovens estavam reunidos para as orações, onde também cantavam "laudas" de poemas religiosos dedicados à Virgem Maria e a imagem da Santa se mexeu. Mais tarde, quando atravessavam a ponte para voltar para casa, Nossa Senhora apareceu vestida de luto e chorando. Falou que a causa de sua tristeza era a guerra civil que ocorria em Florença, há dezoito anos. 
 

Naquele momento, os setes nobres, abandonaram os bens e as famílias, e se dedicaram às orações e à assistência aos pobres, para "vivenciar o compromisso cristão da pobreza, humildade e caridade". Eram eles: Bonfiglio Monardi, Bonaiuto Manetti, Amadio de Amadei, Ugoccio de Ugoccioni, Sostenio de Sosteni, Maneto d'Antela e Aleixo Falconieri.

O bispo de Florença que era monge e nutria pelo grupo grande estima, soube do projeto que tinham de fundar uma comunidade religiosa de vida eremita. Resolveu ajudar doando o seu terreno de monte Senário, que ficava a dezoito quilômetros da cidade.
Alí os sete irmãos fundaram a Companhia de Nossa Senhora das Dores e passaram a se vestir de preto, em homenagem à Virgem de luto. Viviam reclusos em êxtases de orações e se mantendo em constante vigília penitente. Uma vez por semana iam rezar para Nossa Senhora numa pequena capela, que existia na estrada de Cafagio, próxima da cidade. 
 
O grupo as vezes era visto mendigando pelas ruas para conseguir ajuda para os pobres, doentes e sem recursos. Certo dia, quando distribuíam alimentos aos pobres, um menino passou e perguntou: "Vocês são os servidores de Maria?". Perceberam que era mais um sinal de Nossa Senhora. Fundaram uma ordem religiosa mariana, sob as Regras de Santo Agostinho e mudaram o nome para "Servidores de Maria".

A ordem recebeu apoio tanto das autoridades religiosas quanto sociais. Mais tarde, a capelinha inicial usada pelos sete fundadores foi transformada num santuário dedicado a Nossa Senhora das Dores, um dos mais visitados templos marianos do mundo. Com exceção de Aleixo, todos os outros fundadores foram ordenados padres. 
 
A atuação da Ordem dos Servitas produziu frutos em muitos países, inclusive no Brasil, principalmente em São Paulo, Santa Catarina e Acre onde foram construídos vários conventos.
Ainda há uma missão dela em Rio Branco, no Acre. Os "Sete Fundadores" foram canonizados pelo papa Leão XIII, em 1888 e são celebrados juntos no dia 17 de fevereiro, dia da morte do último fundador: Aleixo Falconieri.
Ele que na sua humildade se recusou a tomar o hábito de padre, por se considerar indigno de ser representante de Cristo.

Santo Aleixo Falconieri - 17 de Fevereiro

17 de Fevereiro

Santo Aleixo Falconieri
1200-1310


É um dos sete fundadores da Ordem dos Servitas de Nossa Senhora

Aleixo nasceu no ano de 1200 na cidade de Florença, Itália.
Era filho de Bernardo Falconieri, um príncipe mercante florentino, e um dos líderes daquela república. A cidade vivia em luta. Brigavam pelo poder duas famílias poderosas: os Guelfi e os Ghibelini. A família Falconieri pertencia ao partido dominante dos Guelfi.
 
Nesta época, Aleixo era um jovem comerciante influente, nobre, rico, inteligente e alegre, que resolveu crescer acima deste mundo material. Ele tinha uma conduta cristã exemplar, era muito piedoso e devoto da Virgem Maria. Junto com seis amigos, ligados por uma estreita amizade fraterna, formaram um grupo que se encontrava para rezar e cantar "laudas" para Maria.

No dia 15 de agosto de 1233, os sete: Bonfiglio, Bonaiuto, Amadio, Ugocio, Sostenio, Manejo e Aleixo, estavam reunidos rezando diante da imagem da Virgem quando ela se mexeu. Depois, na volta para casa Nossa Senhora apareceu vestida de luto chorando e, disse que a causa de sua tristeza era a longa guerra civil daquela cidade.
Decidiram abandoar tudo e fundaram a "Ordem dos Servidores de Nossa Senhora", ou Servitas, em monte Senário, perto da cidade. Vestiram-se de preto em reverência à Virgem de luto e adotaram a Regra de Santo Agostinho. A ordem foi aceita pelo Vaticano e os fundadores foram consagrados sacerdotes, menos Aleixo que se recusou a vestir o hábito.
 
Aleixo possuía uma humildade infinita. Na gruta em que vivia no monte Senário, tinha momentos de profunda comunhão espiritual com a Virgem Maria e seu Filho Redentor. Saia do seu retiro apenas para pedir e mendigar a caridade para os necessitados e para rezar na pequena capela de Nossa Senhora situada na beira da estrada.
Sua vida foi austera e sincera de eremita penitente. As roupas eram as mais pobres, o leito era de tábuas ásperas e sem cobertores. Comia pouquíssimo, permanecendo em constante oração. Assim era o sincero e humilde irmão Aleixo, que mesmo vivendo mais de cem anos, nunca se sentiu digno o suficiente para representar o Pai Eterno através da ordenação sacerdotal.
 
Aleixo era responsável pelo setor financeiro e administrativo das várias casas da ordem que surgiram na Itália, tendo vivido em todas elas. Em 1252, a igreja nova em Cafagio, nos arredores de Florença, foi terminada sob seu cuidado, e totalmente financiada pelas famílias dos Guelfi e os Ghibelini.

Ele transformou aquela pequena igreja em que ia rezar à beira da estrada, numa grande igreja dedicada a Nossa Senhora das Dores, dando origem ao seu culto que se propagou entre os cristãos do mundo inteiro. Foi diretor espiritual de muitos vultos do clero, que se tornaram santos, como sua sobrinha: Santa Juliana Falconieri.
 
Em 1304, quando a Santa Sé aprovou oficialmente a "Ordem dos Servidores de Maria" apenas Aleixo ainda estava vivo. A tradição diz que antes de morrer ele ficou rodeado de anjos e recebeu a visita de Cristo, na figura de menino, que lhe oferecia uma coroa de ouro.

Com cento e dez anos, ele morreu sereno no dia 17 de fevereiro de 1310 em monte Senário.
Foi beatificado oito anos antes que os outros seis fundadores. Em 1888, todos foram canonizados juntos, para assim serem cultuados no dia da morte de Santo Aleixo Falconieri.

Santa Felipa Mareri - 16 de Fevereiro

16 de Fevereiro

Santa Felipa Mareri
Bem-aventurada
1200-1236


Felipa Mareri pertenceu à nobre família dos Mareri. Nasceu em 1200, no castelo situado no povoado de São Pedro do Molito, nos arredores de Rieti, em Nápolis, Itália.
Este pequeno burgo, no período medieval, foi passagem obrigatória da estrada que de Assis levava a Roma. Certo dia, neste castelo, a baronesa Felipa Mareri se encontrou com Francisco de Assis, que com o ardor da sua palavra a convenceu, como tinha acontecido algum tempo antes com Clara de Assis, a abandonar as riquezas da casa de sua família, para se dedicar inteiramente ao Senhor.
 
Durante quatro anos, Felipa fez do iluminado irmão Francisco o seu orientador espiritual. Depois deste período, tomou a resolução de se consagrar a Deus, com tanta determinação que nem as pressões dos parentes, nem as ameaças do irmão Tomás, nem os pedidos dos pretendentes, a fizeram mudar de idéia.
Inclusive, teve de seguir o exemplo de Clara de Assis e fugiu de casa. Com algumas companheiras se refugiou numa gruta nas proximidades da propriedade dos Mareri, hoje chamada "Gruta de Santa Felipa".
 
Após três anos, esta pequena comunidade de "religiosas da gruta" ganhou fama devido a dedicação e seriedade das religiosas, que além da atividade espiritual se dedicavam ao atendimento dos doentes pobres, que lhes pediam auxílio. Nesta ocasião, seus dois irmãos, Tomás e Gentil, foram ao seu encontro e lhe doaram o castelo de São Pedro de Molito e as terras onde estava construída a pequena igreja do povoado.

Felipa foi para lá com suas seguidoras, criando assim uma nova ordem religiosa, que ficou sob sua direção. A vida da nova Ordem foi organizada segundo o programa traçado por São Francisco para as Clarissas de São Damião. A observância espiritual do mosteiro foi confiada ao beato Rugero de Todi, pelo próprio São Francisco.

Sob esta direção o mosteiro se tornou uma escola de santidade e a fundadora o exemplo da vida espiritual. A ocupação principal da comunidade era o culto e o louvor a Deus, a vida litúrgica, a literatura e o estudo da Bíblia. Mas ao lado destas atividades espirituais, o trabalho de assistência aos doentes foi assumido como meta do apostolado comunitário. No mosteiro eram feitos os medicamentos para serem distribuídos gratuitamente aos pobres.
 
Felipa com o seu estilo de vida, fez reviver algumas páginas do Evangelho, num mundo que as tinha esquecido. Ela morreu com fama de santidade no dia 16 de fevereiro de 1236.
A sua sepultura se tornou meta de peregrinação e logo começou a registrar graças e favores celestiais, concedidos por Deus, pela intercessão desta sua serva.
 
O Papa Inocêncio IV, em 1247, beatificou a irmã Felipa Mareri, que se tornou a primeira religiosa da Segunda Ordem Franciscana, sendo festejada no dia de sua morte.
Em 1706, os seus restos mortais foram trasladados para a Cripta da capela da igreja do mosteiro e o seu coração que estava incorrupto, colocado num relicário de prata, onde se mantém até hoje.

José Allamano - 16 de Fevereiro

16 de Fevereiro

José Allamano
Bem-aventurado
1851-1926

José nasceu em Castelnuovo d'Asti, Itália, em 21 de janeiro de 1851.
Também esta é a cidade natal de São João Bosco, "o apóstolo da juventude"; e de seu tio São José Cafasso, irmão de sua mãe. Ambos foram seus orientadores e educadores desde a infância. Assim, José Allamano viveu no seio de uma família extremamente cristã.
 
De própria vontade e decidido, ingressou no Oratório do Seminário Diocesano de Turim, onde recebeu a ordenação sacerdotal aos 22 anos e se formou em teologia um ano depois. Aos 25 anos, foi convocado para continuar no mesmo seminário, como Diretor espiritual, demonstrando ter, apesar de jovem, excelentes qualidades de formador. Repetiu e inculcou, biblicamente aos noviços, a seguinte frase: "Fazer bem o Bem".
Quando padre Allamano foi nomeado Reitor do conceituado Santuário Mariano da "Consolata", tinha apenas 29 anos e permaneceu na função durante quarenta e seis anos, quando faleceu.

A "Consolata" se tornou o campo de ação para todas as suas atividades sacerdotais. Muito atento, e com a mente aberta às necessidades e exigências pastorais do seu tempo, direcionou todas as iniciativas da diocese em favor da promoção da ação social da Igreja, da imprensa católica, da defesa e assistência ao clero, das associações operárias.
 
Também foi o Cônego da catedral, Superior de comunidades religiosas, membro de comissões e comitês diocesanos. Fundou em 1901 o Instituto Missões Consolata, composto de sacerdotes e de irmãos leigos. Em 1910 iniciou o Instituto das Irmãs Missionárias da Consolata.
Padre José Allamano possuía uma saúde frágil, mas este servo de Deus era de uma fortaleza heróica. Sem abandonar as atividades da diocese, priorizou e se ocupou da formação do clero, dos missionários e missionárias. O ideal que propunha era de servir as missões com dedicação total de mente, palavra e coração.
 
Este mestre e benfeitor do clero morreu serenamente na sua residência, junto ao Santuário da Consolata, a 16 de fevereiro de 1926.
Seu corpo repousa em paz na Capela da Casa Mãe dos Missionários da Consolata, em Turim, Itália.
 
Em Roma, no dia 7 de outubro de 1990, o papa João Paulo II beatificou José Allamano. Nesta ocasião os dois Institutos missionários da "Consolata", fundados por ele, contavam com mais de dois mil membros espalhados em vinte e cinco países.
 
Beato José Allamano foi um visionário de pensamento avançado para seu tempo, sua beatificação teve um significado de especial reconhecimento, não apenas pelo exemplo de sua vida santificada, mas por ter antecipado que era obrigação de cada Igreja local se abrir à missão universal.

Santo Onésimo - 16 de Fevereiro

16 de Fevereiro

Santo Onésimo
Século I e II

Onésimo era o nome do escravo de um importante e rico cidadão chamado Filemon que viveu na Frígia, atual Turquia, na Ásia Menor. Filemon, sua esposa e filho, em certa ocasião ouvindo o apóstolo Paulo se converteram, tocados pela palavra de Cristo. Paulo batizou a toda a família e os dois se tornaram amigos. Este escravo, cujo nome em grego significa útil, roubou dinheiro de seu amo. Assim, temendo ser castigado resolveu fugir. 
 

O castigo para os escravos recapturados era ter a letra "F" marcada em brasa na testa e para os ladrões era a morte. Por isto foi para Roma onde deve ter cometido alguma infração, pois foi preso e algum tempo depois libertado.

No cárcere conheceu o apóstolo Paulo que mais uma vez era prisioneiro dos romanos. Ouvindo sua palavra, o escravo foi tocado pela Paixão de Cristo e se arrependeu. Procurando o apostolo, confessou sua culpa e foi perdoado. Assim, Onésimo se converteu e recebeu o batismo do próprio Paulo, que o enviou de volta para o também amigo Filemon com uma carta. 
 

Nela, o santo apóstolo explicou que estaria disposto a pagar em dinheiro pelo erro do escravo, caso Filemon não o perdoasse, pois estava convencido de que Onésimo estava mudado e se emendara completamente.
Narrou a sua conversão e, inspirado pelo Espírito Santo escreveu: "Venho suplicar-te por Onésimo, meu filho, que eu gerei na prisão. Ele outrora não te foi de grande utilidade, mas agora será muito útil, tanto a mim como a ti. Eu envio-o a ti como se fosse o meu próprio coração....Portanto, se me consideras teu irmão na fé, recebe-o como a mim próprio". (Fm 18 e 19)

Sabedor da sinceridade e do poder que Paulo tinha para fazer pessoas se converterem à vida cristã, para dali em diante viverem na honestidade e na caridade, Filemon perdoou Onésimo. Depois, deu total apoio ao seu ex-escravo que passou a trabalhar com a palavra e também com seu próprio exemplo.
Onésimo ficou muito ligado ao apóstolo Paulo, que o enviou à cidade de Colossos como evangelizador. Depois foi consagrado bispo de Efeso, onde substituiu Timóteo. Durante sua missão episcopal, a fama de suas virtudes ultrapassou os limites de sua diocese.
Segundo uma tradição antiga, na época do imperador Domiciano foi preso e levado a Roma, onde morreu apedrejado, como mártir cristão. 
 


Embora este acontecimento não tenha total comprovação, a Igreja incluiu Santo Onésimo entre seus santos, porque são fortes os indícios de que seja realmente um mártir do cristianismo dos primeiros tempos.

Santo Teotônio - 15 de Fevereiro

15 de Fevereiro

Santo Teotônio
1082-1162


Santo Teotônio nasceu em 1082, na aldeia de Tartinhade, em Ganfei, próxima a Valença do Minho, Portugal. Na infância estudou no mosteiro beneditino de Ganfei.

Aos dez anos, mostrando inclinação religiosa, foi entregue ao tio, bispo de Coimbra, que assumiu sua educação. Na capital, o bispo o colocou no colégio anexo à sua Catedral designando o diretor padre Telo para orientador espiritual do sobrinho.
Teotônio se formou em teologia e filosofia. Quando seu tio morreu , padre Telo o enviou aos cuidados de um outro tio, que era o prior do mosteiro em Viseu, para completar sua formação eclesiástica.

Na cidade de Viseu, ele tomou a ordem sacerdotal e sucedeu seu tio, como prior do mosteiro, em 1112. Teotônio fez então sua primeira peregrinação a Jerusalém e, ao voltar, recusou ser o bispo de Viseu. Preferiu continuar um simples missionário e voltou para a Terra Santa, pela segunda vez, onde pretendia ficar. Entretanto padre Telo, seu antigo orientador, mandou chamá-lo, porque precisava de sua ajuda para criar uma comunidade religiosa, sendo prontamente atendido. 
 

Assim, Teotônio foi o co-fundador, junto com onze religiosos, e primeiro superior do mosteiro da Santa Cruz de Coimbra, sede da nova Ordem, criada em 1131, sob a Regra de Santo Agostinho. Todos os fundadores receberam o hábito agostiniano. Depois, pediram ao papa Inocêncio II que tomasse sob sua proteção o mosteiro da Santa Cruz de Coimbra. Ele aceitou o pedido pela Bula Desiderium quod, de 26 de maio de 1135. 
 

Sua atuação foi marcada por uma dinâmica missionária relevante durante a reconquista cristã no território português.

Cedo compreendeu que as nações não se forjam nos campos de batalhas, mas nas escolas de formação de sua juventude. Era um missionário notável e um homem de visão moderna para o seu tempo. Foi conselheiro espiritual do rei Afonso Henrique, que o estimava e muito auxiliou a Ordem. Manteve contatos amistosos com personagens importantes do seu tempo, como São Bernardo. 
 

Aos setenta anos Teotônio renunciou ao cargo de prior, voltando a ser um simples religioso. Um ano depois o papa Anastásio IV quis consagrá-lo bispo de Coimbra, mas ele recusou, consagrando seus últimos anos à oração.

Morreu em 18 de fevereiro de 1162. Seu corpo repousa numa capela da igreja do mosteiro que fundou. Um ano depois, no aniversário de sua morte o papa Alexandre III o canonizou.

São Teotônio se tornou o primeiro santo da nação portuguesa a ser canonizado, sendo celebrado pela Igreja como o reformador da vida religiosa em Portugal. O seu culto celebrado no dia 18 de fevereiro foi difundido pelos agostinianos espalhados no mundo todo. Em 1602, foi proclamado Padroeiro da cidade e diocese de Viseu.



Santo Faustino e Santo Jovita - 15 de Fevereiro

15 de Fevereiro

Santo Faustino e Santo Jovita
Século II

Santo Faustino nasceu em 90, Santo Jovita em 96, na cidade e Bréscia, na Lombardia, Itália. Eram cristãos e foram martirizados no século II, durante os tempos sangrentos das perseguições.
Os outros dados sobre eles nos foram transmitidos pela tradição, pois quase todos os registros eram queimados ou confiscados durante as inúmeras perseguições contra a Igreja dos primeiros séculos.

Segundo os devotos eles eram irmãos e pregavam livremente a religião apesar das perseguições decretadas pelos imperadores: Trajano e Adriano. As prisões estavam repletas de cristãos que se não renegassem a fé publicamente eram martirizados. E na Lombardia a situação não era diferente. Isto preocupava o bispo Apolônio da Bréscia, que precisava de confessores e sacerdotes que exortassem o animo e a fé dos cristãos, para se manterem firmes nas orações. 
 

Secretamente, o bispo ordenou Faustino sacerdote e Jovita diácono, que continuaram no meio da comunidade operando milagres, convertendo pagão e destruindo os ídolos. Acusados pelo prefeito, foram espancados, submetidos a atrozes torturas, mas sobreviveram a tudo. Foram então levados para Roma, julgados e condenados a morrer na cidade natal.
Em 15 de fevereiro de 146 foram decapitados. 
 

Mas, existia uma tradição que dizia que Jovita, era a irmã virgem de Faustino, por isto não era sacerdote como ele. A Igreja comprovou entretanto que eram dois mártires homens, porque pela origem da palavra, que significa jovem, se tratava de um termo na época usado somente para o gênero masculino.

O primeiro testemunho sobre o culto destes dois santos mártires foi encontrado no livro dos "Diálogos" de São Gregório Magno. Entre 720 e 730 houve a translação dos corpos dos Santos Faustino e Jovita do cemitério de São Latino, para a igreja de Santa Maria, depois chamada de São Faustino e Jovita.
 Outra particularidade histórica e religiosa foi a troca de relíquias feita entre os monges beneditinos de Monte Cassino e o bispo de Bréscia. Eles ficaram com uma de Faustino e a Catedral de Bréscia recebeu uma de São Bento. 
 

Enquanto isso a tradição continuava a se enriquecer, tanto que nas pinturas tradicionais São Faustino e Jovita são representados vestidos de guerreiros. Em 1438, a cidade de Bréscia foi salva, da invasão das tropas do comandante milanês Nicolau Picinino, pelos dois santos que apareceram vestidos de guerreiros para lutar ao lado da população bresciana.

No dia 10 de janeiro de 1439, o bispo de Bréscia escrevia ao amigo, bispo de Vicenza a narração desta tremenda invasão. Esta carta se encontra na Biblioteca de São Marco, no Vaticano.

Uma das maiores festas que acontece na Lombardia é a de São Faustino e Jovita, na Bréscia, quando a população reverencia seus Patronos no dia 15 de fevereiro, começando pela celebração litúrgica.

Santo Cláudio Colombiere - 15 de Fevereiro

15 de Fevereiro

Santo Cláudio Colombiere
(+ Paray-le-Monial, França, 1682)

Grande apóstolo da devoção ao Sagrado Coração de Jesus, foi confessor e diretor espiritual de Santa Margarida Maria Alacoque, a privilegiada vidente que rece­beu em Paray-le-Monial as reve­lações e promessas do Sagrado Coração. Defendeu-a contra as incompreensões e perseguições de que era vítima.

Cláudio Colombiere nasceu próximo de Lion, na França, no dia 02 de fevereiro de 1641. Seus pais faziam parte da nobreza reinante, com a família muito bem posicionada financeiramente e planejavam dedicá-lo ao serviço de Deus, mas ele era totalmente avesso a essa idéia.
 
Com o passar do tempo acaba por se render ao modo de vida e filosofia dos jesuítas de Lion, onde segue com seus estudos. De lá passa a Avinhon e depois a Paris e, três anos depois, é ordenado sacerdote. Em 1675, emite os votos solenes da Companhia de Jesus e vai dirigir a pequena comunidade da Ordem, em Parai-le-Monial.

Padre Cláudio foi nomeado confessor do mosteiro da Visitação onde encontra uma irmã de vinte e oito anos, presa ao leito devido às fortes dores reumáticas. A doente era Margarida Maria Alacoque, uma figura de enorme poder espiritual, que influenciava a todos que se aproximavam. Margarida Alacoque revelava o incrível poder e a veneração ao Sagrado Coração de Jesus, símbolo da Humanidade e do amor infinito do Cristo. Os devotos do Sagrado Coração são tomados como adoradores de ídolos e atacados, de vários lados, com duras palavras e ameaças.

Nesta cidade, padre Cláudio é um precioso guia para tantos cristãos desorientados. Mas, em 1674 é enviado a Londres como capelão de Maria Beatriz D'Este, mulher de Carlos II, duque de York e futuro rei da Inglaterra.

Naquela época, a Igreja Católica era perseguida e considerada fora da lei na Inglaterra. Entretanto, como padre Cláudio celebrava a Eucaristia numa pequena capela, acaba sendo procurado por muitos cristãos, irmãs clandestinas e padres exilados, todos desejosos de escutar seus conselhos.
Outro acontecimento muda completamente a sua vida. Ele é enviado como missionário às colônias inglesas da América. Depois de dezoito meses de sua chegada, foi acusado de querer restaurar a Igreja de Roma no reino e vai preso. Porém, como é um protegido do rei da França, não permanece no cárcere e é expulso.

Mais uma vez padre Cláudio Colombiere retorna à França, em 1681. Entretanto, já se encontrava muito doente. Seu irmão ainda tentaria levá-lo a regiões onde o ar seria mais saudável. Mas ele não desejava partir, pois havia recebido um bilhete de Margarida Alacoque que dizia: "O Senhor me disse que sua vida findará aqui".
Três dias depois ele morre em Parai-le-Monial e seu corpo fica sepultado na Companhia de Jesus, sob a guarda dos padres jesuítas.

Era o dia 15 de fevereiro de 1683.
O Papa Pio IX o beatifica em 1929, e é proclamado Santo Cláudio Colombiere em 1992, pelo Papa João Paulo II, em Roma.

Santo Metódio - 14 de Fevereiro

14 de Fevereiro

Santo Metódio
814-885

Miguel, primogênito dos sete filhos do juiz grego Leão, nasceu em 814 na Tessalonica, atual Salonico, Grécia. Tinha vinte e seis anos e era prefeito de Constantinopla, capital do Império Bizantino, quando seu pai morreu. Irmão de Constantino, foi aluno de Fócio, que assumiu a educação dos órfãos. Miguel e Constantino mudaram o nome para Metódio e Cirilo, ao se consagrarem sacerdotes.

Com a morte do pai, em 840, abandonou tudo e se recolheu no convento de Policron, no monte Olímpio, e se fez monge. Foi o imperador Miguel III quem o convocou para a missão evangelizadora da Morávia, da qual participou também seu irmão. Depois os dois foram para Roma, onde Cirilo, doente, acabou falecendo.

Metódio foi ordenado sacerdote pelo papa Adriano II em 868 e, depois da cerimônia do sepultamento do irmão, foi nomeado delegado apostólico, consagrado bispo, e estabelecido como arcebispo para a Iugoslávia e Morávia. Uma carta, que o credenciava junto aos principados eslavos, continha a aprovação sem reservas para a liturgia na língua eslava.

Os acontecimentos políticos impediram que Metódio retornasse a Morávia. Ficou, então nos domínios do principado iugoslavo, que tinham sido evangelizados até Áustria. Alí foram inevitáveis os desencontros entre o clero latino e o novo clero eslavo. Inclusive, Metódio foi preso, traído diante do concílio de Ratisbona e condenado ao exílio na Suécia.
O então papa João VIII, em 878, interveio energicamente e ele foi solto, mas reprovou as suas novidades lingüísticas na liturgia. Porém, Metódio, estava fortalecido pela aprovação do papa anterior, podendo dar continuidade à evangelização iniciada. Depois de um ano de tranqüilidade, novos protestos se elevaram contra ele, sendo acusado de heresia.

Convocado a se apresentar em Roma pelo papa João VIII, não só se justificou como o convenceu a lhe dar seu apoio. Com uma carta oficial da Santa Sé, ele foi confirmado nas funções, e autorizado a usar o eslavo na liturgia, mas pedindo que o Evangelho fosse lido em latim antes que em eslavo.
Porém o imperador germânico preferia outro bispo, que celebrava a liturgia em latim. A confusão estava formada. Tudo se complicou quando surgiu uma falsa carta do papa, que dizia o oposto da anterior apresentada por Metódio.

Em 881 a Santa Sé, negou formalmente a falsa carta. Mas isto não pôs fim à dificuldade, o clero alemão continuou sua oposição. Nesta época, Metódio, foi para Constantinopla a convite do imperador, para se juntar ao então patriarca Fócio, seu antigo professor e amigo da família. Assim, continuou com seus discípulos o seu apostolado e a tradução da Bíblia e dos Livros Litúrgicos a quem precisasse.
 
Morreu em 6 de abril de 885 em Velehrad, Tchecoslováquia, onde foi sepultado na igreja da Catedral.
Metódio e Cirilo são considerados pela Igreja como "apóstolos dos eslavos" e venerados no dia 14 de fevereiro, dia da morte de Cirilo.

Em 1980, o papa João Paulo II os proclamou "Patronos da Europa" ao lado de São Bento.

Santo Valentim de Terni - 14 de Fevereiro

14 de Fevereiro

Santo Valentim de Terni
Século III

O fato interessante de serem dois os santos mártires festejados neste dia, com o mesmo nome e ambos declarados pela Igreja, protetores dos namorados. Cada um por sua justa razão, o sacerdote mártir.

De acordo com os registros da diocese de Terni, Valentim foi consagrado em 197, sendo seu primeiro bispo e considerado fundador da cidade. Consta que ao lado de sua casa e da igreja havia um imenso prado e um belo jardim.
Quanto não estava trabalhando na igreja ou tratando de algum doente, podia ser visto cuidando das rosas que cultivava. À tarde ele abria os portões para as crianças brincarem e correrem livremente. Ao entardecer ele abençoava cada uma entregando uma flor, para ser entregue às suas mães. A sua intenção era fazer as crianças irem direto para casa e alimentar o amor e respeito pelos pais.

Valentim, tinha o dom do conselho, sua fama de reconciliador dos casais de namorados era muito difundida.
Certo dia, ouvindo dois jovens namorados brigando, que pararam ao lado da cerca do seu jardim, foi ao encontro deles levando na mão uma linda rosa. O capuz caído, a figura serena e sorridente do bom velho e aquela rosa que ele parecia lhes oferecer, tiveram o mágico poder da acalmar os dois namorados em briga.
Depois, quando ele, entregando realmente a rosa vermelha, pediu que os dois juntos apertassem o cabo com cuidado para não se espetarem e explicou o "cor unum", que em latim significa "união de corpos" de duas pessoas casadas, o amor retornou como antes.

Algum tempo depois, os dois procuraram Valentim para marcar o casamento, que celebrou e abençoou a união do casal. Na cerimônia compareceram quase todos da cidade, querendo participar do final feliz do casal reconciliado. A história se espalhou e sua fama se criou.

Além do dom do conselho, Valentim possuía o da cura, que aumentava conforme sua idade. Muitas vezes viajava, a pedido de outras dioceses, para atender os enfermos. Em 272, foi chamado para cuidar de um doente em Roma.
Durante sua estadia na cidade, Valentim converteu o famoso filósofo grego Crato e três de seus jovens discípulos atenienses. Este zelo o expôs aos delatores pagãos. Nesta época o imperador era Aureliano, ardiloso e cruel. Os discípulos de Crato foram ao julgamento em defesa do bispo, mas nada puderam fazer.
Valentim foi condenado à morte e decapitado em 14 de fevereiro de 273. Os três jovens recém convertidos resgataram seu corpo e o transportaram para Terni onde foi sepultado.

A sua festa no dia 14 de fevereiro e a sua fama ganharam força em toda a Itália. Na Idade Média, foi ganhando reforços e hoje é festeja em todo o planeta por todos os casais devotos.

A Igreja o incluiu no Calendário Litúrgico como São Valentim de Terni, o bispo mártir, protetor dos jovens e dos namorados.
As suas relíquias estão na Igreja das Carmelitas, na cidade de Terni, em Roma. Ao lado de sua urna de prata, coberta por uma redoma de cristal, existe a seguinte inscrição:
"São Valentim, patrono do amor".
Há também um belo vitral com a imagem do santo bispo abençoando um casal ajoelhado que segura uma rosa.

São Valentim - 14 de Fevereiro

14 de Fevereiro

São Valentim
Século III

Os dois mártires, de nome Valentim, que viveram no mesmo período da História e são comemorados em 14 de fevereiro, deram o nome a uma simpática tradição, chamada de "dia dos valentins" significando "dia dos namorados".
Ainda esta tradição, indicava a festa de São Valentim como o início da primavera, estação do despertar da vida e também do romance, quando os pássaros começam a preparar seus ninhos.
 
No século III, em Roma, Valentim, era um sacerdote e o imperador era Cláudio II, o Gótico. O Império enfrentava muitos problemas, com inúmeras batalhas perdidas. O imperador deduziu que a culpa era dos soldados solteiros, que segundo ele, eram os menos destemidos ou ousados nas lutas. E, mais, que depois de se ferirem levemente, pediam dispensa das frentes. Mas, o que era pior, retornavam para o exército, casados e nesta condição queriam voltar vivos, enfraquecendo os exércitos. Por isto, proibiu a celebração dos casamentos.
 
Valentim, que considerava essa medida injusta, continuou a celebrar os casamentos, mas secretamente. Quando soube das ações do sacerdote, Cláudio mandou que fosse preso e o interrogou publicamente. Suas respostas foram elogiadas pelo soberano que disse: "Escutem a sábia doutrina deste homem". E, de fato, parece que a pregação de Valentim, o tinha impressionado, pois o mandou para uma prisão domiciliar, indicando a residência do prefeito romano Asterio, onde todos eram pagãos.

Logo que chegou na casa, o sacerdote ficou sabendo que o prefeito tinha uma filha cega. Disse aos familiares que iria rezar e pedir para Jesus Cristo pela cura da jovem, o que ocorreu alguns dias depois. Mas, nesta altura dos fatos, Valentim havia convertido a família inteira do prefeito. Isto agravou sua pena, sendo condenado a morte.

A antiga lenda acrescentou que após curar a jovem, ele teria se enamorado dela, platonicamente, mas preferiu o seu ministério. Antes de morrer teria escrito uma carta para a jovem e a entregou ao pai dela.
No dia 14 de fevereiro de 286 foi levado para a chamada via Flaminia, onde foi morto a pauladas e depois decapitado.
 
A sepultura de Valentim foi encontrada em 346, numa capela subterrânea na via Flaminia. Dez séculos depois, antigos registros o indicaram como irmão de São Zenão Hoje, as suas relíquias estão na Igreja de São Praxedes num Oratório dedicado a São Zenão e Valentim.
 
O mártir Valentim, se tornou santo porque morreu pelo testemunho de seu sacerdócio. A Igreja o considera padroeiro dos namorados por ter defendido com sua vida o Sacramento do Casamento e não pelo motivo acrescentado pela lenda.

Santo Cirilo - 14 de Fevereiro

14 de Fevereiro

Santo Cirilo
826+868

Constantino nasceu em 826 na Tessalônica, atualmente Salonico, Grécia. Seu pai era Leão, um rico juiz grego, que teve sete filhos. Constantino o caçula e Miguel o mais velho, que mudaram o nome para Cirilo e Metódio respectivamente, ao abraçarem a vida religiosa.

São Cirilo tinha catorze anos quando o pai faleceu. Um amigo da família, professor Fócio, que mais tarde ajudou seu irmão acusado de heresia, assumiu a educação dos órfãos em Constantinopla, capital do Império Bizantino. Cirilo aproveitou para aprender línguas, literatura, geometria, dialética e filosofia. De inteligência aguçada, se formou em tudo.
 
Rejeitando um casamento vantajoso, ingressou para a vida espiritual, fazendo votos particulares, se tornou bibliotecário do ex-patriarca. Em seguida foi cartorário e recebeu o diaconato. Mas sentiu necessidade de se afastar, indo para um mosteiro, em Bosforo.
Seis meses depois foi descoberto e designado para lecionar filosofia. Em seguida, convocado como diplomata para a polemica questão sobre o culto das imagens junto ao ex-patriarca João VII, o Gramático. Depois foi resolver outra questão delicada junto aos árabes sarracenos que tratava da Santíssima Trindade. Obteve sucesso em ambas.

Seu irmão mais velho, que era o prefeito de Constantinopla, abandonou tudo para se dedicar à vida religiosa. Em 861, Cirilo foi se juntar a ele, numa missão evangelizadora, a pedido do imperador Miguel III, para atender o rei da Morávia.
Este rei precisava de missionários que conhecessem a língua eslava, pois queria que o povo aprendesse corretamente a religião. Os irmãos foram para Querson aprender hebraico e samaritano.
 
Nesta ocasião, Cirilo encontrou um corpo boiando, que reconheceu ser o papa Clemente I, que tinha sido exilado de Roma e atirado ao mar. Conservaram as relíquias numa urna, que depois da missão foi entregue em Roma. Assim, Cirilo continuou estudando o idioma e criou um alfabeto, chamado "cirílico", hoje conhecido por "russo".
Traduziu a Bíblia, os Livros Sagrados e os missais, para esse dialeto. Alfabetizou a equipe dos padres missionários, que começou a evangelizar, alfabetizar e celebrar as missas em eslavo.

Isto gerou uma grande divergência no meio eclesiástico, pois os ritos eram realizados em grego ou latim, apenas. Iniciando o cisma da Igreja, que foi combatido pelo então patriarca Fócio com o reforço de seu irmão. Os dois foram chamados por Roma, onde o papa Adriano II, solenemente recebeu as relíquias de São Clemente, que eles transportavam. Conseguiram o apoio do Sumo Pontífice, que aprovava a evangelização e tiveram os Livros traduzidos abençoados.

Mas, Cirilo que estava doente, piorou. Pressentido sua morte, tomou o hábito definitivo de monge e o nome de Cirilo, cinqüenta dias depois, faleceu em Roma no dia 14 de fevereiro de 868.
A celebração fúnebre foi rezada na língua eslava, pelo papa Adriano II, sendo sepultado com grande solenidade na igreja de São Clemente.
 Cirilo e Metódio foram declarados pela Igreja como "apóstolos dos eslavos".
O papa João Paulo II, em 1980, os proclamou junto com São Bento de "Patronos da Europa".

Santo Benigno - 13 de Fevereiro

13 de Fevereiro

Santo Benigno
Século III

A história do culto deste Santo de nome Benigno, até porque o seu próprio nome é um adjetivo que significa "bom", "benevolente", "benéfico", portanto, um atributo concedido a todos os Santos.
 
No Calendário Litúrgico da Igreja, são vários os personagens festejados com este nome, cerca de dezoito, entre mártires, bispos, sacerdotes, monges e ermitãos.
No entanto, o primeiro Benigno a ser venerado, foi o que nasceu e viveu em Todi, na região da Úmbria, próxima de Roma, no início do Cristianismo. Os registros confirmam que era um sacerdote muito querido, sendo considerado por sua retidão de caráter e bondade. Padre Benigno enfrentou corajosamente o martírio durante a última perseguição do imperador Maximiano.

Segundo a tradição, ele estava sendo conduzido à Roma para ser jogado às feras, quando morreu, em conseqüência das incessantes torturas a que foi submetido. O fato teria ocorrido na estrada vizinha à cidade de Vicus Martis, onde seu corpo que alí fora abandonado, foi recolhido e sepultado secretamente pelos cristãos, que o acompanhavam à distância e assistiram ao seu testemunho.
 
Anos depois, quando os cristãos puderam deixar a clandestinidade, no lugar onde Benigno esteve sepultado, foi construída uma igreja e um mosteiro beneditino, e com o passar dos tempos a região se tornou uma pequena cidade chamada Priorado de São Benigno.
O local acabou se tornando num ponto de peregrinação obrigatória para os seus devotos, que estão espalhados no mundo inteiro, graças a sua memória sempre reverenciada pelos beneditinos fixados nos cinco continentes. Assim, as peregrinações aumentaram e se mantiveram, mesmo após o mosteiro ter sido desativado, alguns séculos mais tarde.

O Priorado conservou os restos mortais de São Benigno, na igreja à ele dedicada, até 1904, quando foram trasladados para a de São Silvestre, na cidade do Vaticano, onde foram colocados ao lado do altar maior, recolhidos numa preciosa urna de prata.
A Igreja deixou um fragmento para ser guardado naquele lugar onde Benigno, o sacerdote de Todi, prestou o seu testemunho do amor incondicional à Paixão de Jesus Cristo.

O Papa Pelágio II, em 589 incluiu o culto de São Benigno, no Martirológio Romano, cuja festa litúrgica indicou para o dia 13 de fevereiro, que segundo a tradição foi quando ele morreu.
No início do século XX, a Santa Sé desejou reunir todas as relíquias dos mártires das perseguições dos primeiros tempos nas igrejas situadas no Estado do Vaticano, por este motivo ele também foi trasladado para lá.