Páginas

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Salmo 88




SALMO 88 (87) 

O que Deus ganha com a minha morte?

Cântico. Salmo. Dos filhos de Coré. Do mestre de canto. Para a doença. Para a aflição. Poema. De Emã, o ezraíta.

2     Javé meu Deus, de dia eu te peço auxílio, e de noite eu grito em tua presença.

3     Que minha prece chegue a ti, inclina teu ouvido ao meu clamor.

4     Porque minha alma está cheia de males, e minha vida está à beira do túmulo.

5     Sou visto como quem baixa para a cova, tornei-me homem sem forças,

6     tenho minha cama entre os mortos, como as vítimas que jazem no sepulcro,

      das quais já não te lembras, porque foram arrancadas de tua mão.

7     Jogaste-me no fundo da cova, em meio às trevas do abismo.

8     Tua cólera pesa sobre mim, derramas sobre mim tuas ondas todas.

9     Afastaste de mim meus conhecidos, e me tornaste repugnante para eles:

      estou fechado, não posso sair,

10    e meus olhos se turvam de tristeza.

      Eu te invoco o dia todo, estendendo as mãos para ti:

11    Farás maravilhas pelos mortos? As sombras se levantarão para te louvar?

12    Falarão do teu amor nas sepulturas, e da tua fidelidade no reino da morte?

13    Conhecem tuas maravilhas na treva, e a tua justiça na terra do esquecimento?

14    Mas eu grito para ti, Javé, minha prece chega a ti pela manhã.

15    Javé, por que me rejeitas e escondes de mim a tua face?

16    Fui infeliz e moribundo desde a infância, sofri teus horrores, estou esgotado.

17    Teus furores passaram sobre mim, teus terrores me deixaram consumido.

18    Eles me cercam como água o dia todo, e todos juntos me envolvem de uma vez.

19    Tu afastas de mim meus parentes e amigos, e as trevas são a minha companhia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário