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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Salmo 104




SALMO 104 (103) 

Hino ao Senhor da vida

1     Bendiga a Javé, ó minha alma! Javé, meu Deus, como és grande! Vestido de esplendor e majestade,

2     envolto em luz como num manto, estendendo os céus como tenda,

3     construindo tua morada sobre as águas. Tomando as nuvens como teu carro, caminhando sobre as asas do vento.

4     Tu fazes dos ventos os teus mensageiros, e das chamas de fogo os teus ministros!

5     Assentaste a terra sobre suas bases, inabalável para sempre e eternamente.

6     Cobriste a terra com o manto do oceano, e as águas pousaram por cima das montanhas.

7     Diante da tua ameaça, porém, elas fugiram, precipitaram-se, ao fragor do teu trovão.

8     Subiram pelos montes, desceram pelos vales, para o lugar que tinhas fixado para elas.

9     Marcaste um limite que elas não podem transpor, e não voltarão a cobrir a terra.

10    Tu fazes brotar fontes de água pelos vales, e elas correm por entre as montanhas.

11    Dão de beber a todas as feras do campo, e os asnos selvagens aí matam a sede.

12    Junto a elas se abrigam as aves do céu, desferindo seu canto por entre a folhagem.

13    De tuas altas moradas regas os montes, e a terra se sacia com tua obra fecunda.

14    Tu fazes brotar relva para o rebanho, e plantas úteis para o homem. Dos campos ele tira o pão,

15    e o vinho que alegra seu coração; o azeite, que dá brilho ao seu rosto, e o alimento, que lhe dá forças.

16    As árvores de Javé se saciam, os cedros do Líbano que ele plantou.

17    Aí se aninham os pássaros, no seu topo a cegonha tem sua casa.

18    As altas montanhas são para as cabras, e os rochedos um refúgio para as ratazanas.

19    Tu fizeste a lua para marcar os tempos, o sol conhece o seu próprio ocaso.

20    Mandas as trevas e vem a noite, e nela rondam as feras da selva;

21    rugem os leõezinhos em busca da presa, pedindo a Deus o sustento.

22    Ao nascer do sol se retiram e se entocam nos seus covis.

23    O homem sai para sua faina, e para o seu trabalho até à tarde.

24    Como são numerosas as tuas obras, Javé! A todas fizeste com sabedoria. A terra está repleta das tuas criaturas.

25    Eis o vasto mar, com braços imensos, onde se movem, inumeráveis, animais pequenos e grandes.

26    Aí circulam os navios, e o Leviatã, que formaste para com ele brincares.

27    Todos eles esperam de ti que a seu tempo lhes atires o alimento:

28    tu o atiras e eles o recolhem, abres tua mão, e se saciam de bens.

29    Escondes tua face e eles se apavoram, retiras deles a respiração, e expiram, voltando a ser pó.

30    Envias o teu sopro e eles são criados, e assim renovas a face da terra.

31    Que a glória de Javé seja para sempre; que ele se alegre com suas obras!

32    Ele olha a terra e ela estremece, toca as montanhas e elas fumegam.

33    Vou cantar para Javé, enquanto eu viver, louvarei o meu Deus, enquanto existir.

34    Que o meu poema lhe seja agradável, e eu me alegrarei com Javé.

35    Que os pecadores desapareçam da terra, e os injustos nunca mais existam. Bendiga a Javé, ó minha alma! Aleluia!


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