18 de Fevereiro
São Flaviano
Século V
Século V
São Flaviano pertencia à alta aristocracia romana e era convertido ao cristianismo. Na época do Imperador Constantino, foi eleito governador de Roma, por sua grande inteligência e boa moral. Porém, quando o imperador morreu, em seu lugar assumiu seu filho Constâncio, ele deu início à perseguição dos cristãos e, tão logo, Flaviano foi destituído de seu cargo.
São Flaviano não se intimidou, passou a dedicar-se seus dias a confortar e estimular os cristãos. Constâncio morto, assumiu Julião, que deu continuidade à perseguição, empreendendo-a ainda com mais fervor.
Flaviano era um sacerdote cristão, que se destacava muito pela prática radical do Evangelho, e por sua defesa contra os hereges. Em 446 foi eleito patriarca de Constantinopla, na época era capital do Império Romano, já que o mundo católico se via enfraquecido por agitações político-religiosas, a sua atuação poderia reverter este processo. Flaviano assumiu com avidez o posto, em seu primeiro ato oficial já pode-se ter uma idéia dos conflitos que estariam por vir.
Assim que assumiam, como de costume era comum, mandar um presente simbólico ao imperador. Ele então enviou um pão bento durante a missa solene, como símbolo de paz e harmonia. O primeiro-ministro devolveu o pão abençoado, dizendo que só aceitaria presentes em ouro e prata. Então Flaviano respondeu que o ouro e a prata da Igreja não o pertenciam, mas a Deus e aos pobres, seus legítimos representantes na Terra. Ambos o imperador e o ministro juraram vingança, e as pressões começaram.
Flaviano enfrentou várias discordâncias que depois seriam consideradas heresias em concílios realizados para julgá-las. Entre elas, a mais significativa foi a que queria tirar de Jesus seu caráter humano. Isso significaria aceitar, que a divindade de Jesus teria assimilado e absorvido sua humanidade. Flaviano conseguiu o apoio do Papa Leão Magno, em Roma, mas foi traído pela parte do clero que defendia a tese. Nenhuma das decisões conciliares foi aprovada pelo papa, a não ser o chamado Tomo a Flaviano, carta enviada pelo papa São Leão Magno ao presidente do concílio, condenando as heresias de Nestório e de Eutiques.
Flaviano foi praticamente assassinado durante a assembléia ecumênica que, por isso é chamada o conciliábulo de Éfeso. Maus religiosos se uniram aos políticos e os inimigos conseguiram sua destituição do cargo. O bispo Flaviano foi preso e torturado cruelmente que ele não aguentou, e veio a falecer vítima dos ferimentos sofridos, no dia 18 de fevereiro de 449.
Dois anos depois o Papa Leão Magno, que também é venerado pela Igreja, convocou um concílio, onde restabeleceu a verdade. Aceitando-se as duas naturezas de Jesus, a divina e a humana, e os contrários disso foram declarados hereges. No mesmo concílio a figura do bispo Flaviano regenerou-se, e ele foi declarado mártir pela ortodoxia da fé cristã.
O culto à São Flaviano se mantém vivo e vigoroso ainda hoje e sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.
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